Elisabelferriche's Blog

setembro 26, 2011

Garoto atira em professora e depois se mata

Mais uma tragédia deixa todos estarrecidos. Um garoto de dez anos atira na professora e depois se mata. O crime aconteceu às 15h50 de quinta-feira, dia 22 na escola municipal Professora Alcina Dantas Feijão, considerada a melhor pública de São Caetano do Sul. Segundo a delegada, o aluno pediu para ir ao banheiro e efetuou o disparo contra Rosileide logo em seguida. Na sequência, o garoto se retirou da sala, sentou em uma escada e disparou ele próprio, na cabeça. O menino morreu a professora permanece internada no Hospital das Clínicas, na capital paulista. Ela passou por uma cirurgia de cerca de três horas para a retirada do projétil. Segundo o HC, ela passa bem e está consciente.

Esse episódio me faz lembrar uma palestra que assisti recentemente com o psiquiatra Fábio Barbirato, no Colégio Sagrado Coração de Maria, em Brasília. Ele falou que as doenças mentais acometem pessoas de todas as idades, a partir dos 4, 5 anos, mas que o diagnóstico e o tratamento só começam 10, 12 anos depois, comprometendo a capacidade do doente.

Ninguém pode afirmar que o garoto de quem estamos falando tinha doença mental, mas o comportamento anterior poderia ter sido um alerta. Como saber? Um sofrimento enorme para todas as famílias que tem seus filhos matriculados nessa escola. O pai do garoto, o guarda municipal Milton Nogueira, afirmou ao programa “Fantástico”, da TV Globo, que quer pedir desculpas à professora baleada. “Queria dar um abraço nessa professora e pedir desculpas para a família”, disse. Uma atitude que fará bem a alma dele. Milton afirmou que não sente culpa pelo ocorrido. “Não sinto culpa. Simplesmente acho que aconteceu uma tragédia”, afirmou. O garoto usou a arma do pai –um revólver calibre 38– para fazer os disparos. Ele contou que carregou a mochila do filho no caminho para a escola, mas não desconfiou de nada. Sobre o que pode ter levado o garoto a tirar a própria vida, os pais disseram que não sabiam, pois o garoto não tinha problema com ninguém e era carinhoso e estudioso. O pai do garoto pode ser indiciado sob a suspeita de negligência ou omissão na guarda de arma de fogo. Um problema a mais para ele. Mais desse episódio fica uma lição: os adultos precisam entender melhor os sinais que as crianças emitem. Eu mesmo confesso, não conseguiria perceber se fosse com meu filho.

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