Que a determinação do povo egípcio sirva de exemplo para o Brasil

Brasileiro no Egito também comemora renúncia de Mubarak

O povo do Egito mostrou ao mundo como se faz uma revolta popular. Foram 18 dias de resistência para conseguir um objetivo: tirar do poder um ditador que há 30 anos oprimia a população. Nesta sexta-feira (11/02), a renúncia do presidente Hosni Mubarak foi anunciada pelo vice-presidente do país, Omar Suleiman, que logo em seguida, também renunciou. Não foi uma retirada pacífica. Foram necessários violentos protestos de rua que deixaram mais de 300 mortos e 5 mil feridos. O movimento popular  tem inspiração no levante que derrubou o presidente da vizinha Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, no poder há 23 anos.

 Aos 82 anos, Mubarak admitiu que não seria candidato a um sexto mandato na eleição presidencial, mas que ficaria no poder até setembro, quando novas eleições serão realizadas no Egito. A idéia de Mubarak era de emplacar seu filho, Gamal Mubarak, como sucessor no comando do Partido Nacional Democrático (PND), o maior do país e, consequentemente suceder o pai. (Situação que quase aconteceu no Brasil. Quem não se lembra?). A presidência do Egito foi entregue ao Exército.

Não se sabe o que poderá ocorrer ao Egito daqui pra frente, mas já foi uma vitória do povo egípcio que demonstrou união (mesmo que não seja total). O povo egípcio comemorou nas ruas essa vitória. Até parecia final da Copa do Mundo, com o time do país saindo vencedor.

Que a queda do regime de Mubarak abale outros governos autoritários do mundo árabe. E que a determinação do povo egípcio sirva de exemplo para o Brasil.