Elisabelferriche's Blog

agosto 31, 2011

Quem votou contra a cassação de Jaqueline teme ser o próximo

Filed under: Sem categoria — elisabelferriche @ 12:16 pm
Jaqueline Roriz

 Se você não é deputado, não é funcionário público e não possui nenhum parente no Poder, pode receber propina e roubar a vontade…A deputada federal Jaqueline Roriz, PMN/DF inaugurou uma nova forma de sair impune de falcatruas com o aval de 265 deputados. Pena não podermos dizer a todo o Brasil quem são eles. A votação que livrou Jaqueline Roriz da cassação foi secreta. No discurso que fez antes de ser absolvida – aliás desnecessário porque a votação já estava decidida – a deputada argumentou que quando recebeu aquela “dinheirama” de propina não era deputada, não era funcionária pública, nem tampouco era parente de alguém que estava no Poder. Então assim pode? Pode! Segundo os colegas parlamentares que votaram pela absolvição. A justificativa dos deputados para salvá-la é de que a propina recebida mostrada nas imagens era de 2006, portanto, antes do exercício de seu mandato. Pela lógica dos deputados pró-Jaqueline, nada deveria acontecer se a Câmara dos Deputados descobrisse hoje se um de seus integrantes cometeu algum delito como assassinato, crimes de pedofilia, roubo ou qualquer outro antes de ser deputado. Foi no passado: tudo perdoado. Pelo resultado desse julgamento, o espírito de corpo permanece no Congresso Nacional. Quem votou contra a cassação, teme ser o próximo. Cabe agora ao Supremo Tribunal Federal julgar os processos como o de Jaqueline Roriz.

agosto 26, 2011

Criança de 5 anos que morde professora deve ser intimada a depor?

Filed under: Sem categoria — elisabelferriche @ 11:36 am
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Agressividade infantil

 

A mãe de uma criança está indignada porque o filho de apenas 5 anos foi intimado a depor em uma delegacia em Iaras, a 285 km de São Paulo. Ele mordeu a professora que tentou apartar uma briga entre ele e um coleguinha na escola. Além da mordida a professora, que trabalha há quase 20 anos no magistério, recebeu chutes e socos ficando com hematomas nos braços. A educadora registrou boletim de ocorrência em fevereiro, mas só agora a família do menino recebeu a notificação para que o filho compareça à delegacia para prestar depoimento sobre as agressões.

Ontem, em Brasília, assisti uma palestra com o psiquiatra Fábio Barbirato, especialista em crianças e adolescentes. O que diria ele diante da notícia? Pelo que entendi da palestra, provavelmente trata-se de uma criança sem limites porque tem pais permissivos. Essa criança provavelmente se tornará um adulto agressivo no trânsito, no trabalho, no lar. A ela não foi ensinado que existe hierarquia, educação, regras de convívio.

Essa mãe deveria ficar indignada não porque o filho foi intimado, mas porque desrespeitou a professora. Deveria sim, levar o filho na delegacia para ele ver que quando fazemos uma coisa errada, passamos constrangimento pelo ato. Certamente uma lição que ele jamais esqueceria na vida. Ao invés disso a mãe reagiu com indignação: “É um absurdo uma coisa dessa. Como uma criança de 5 anos vai na delegacia depor?”, questionou a mãe.

A polícia, por sua vez, disse que foi um equívoco “cometido pelo escrivão”. O delegado Omar Sena Vieira responsável pelo caso, ficou constrangido e disse que já enviou ao Ministério Público um documento corrigido “o erro”.

Onde está o erro? Na mãe que não dá limite ao filho que morde e chuta a professora ou na delegado de polícia que intima um agressor, não importa a idade? Essa criança de cinco anos, perdeu a chance de ter uma grande lição de vida e se tornar um adulto mais humano e respeitoso com o próximo.

agosto 25, 2011

O enfrentamento às drogas exige atuação firme do Estado

 Os deputados participantes da audiência pública que discutiu o combate ao crack na Subcomissão Temporária de Políticas Sociais sobre Dependentes Químicos de Álcool, Crack e outras Drogas (Cadesp), acham que o Estado não tem condições de resolver sozinho o problema do crack no país. Quem a participação da família e de comunidades terapêuticas para a prevenção, tratamento e reinserção social dos dependentes. Ora, se o Estado não pode ajudar seus dependentes, quem pode? É difícil acreditar que os parlamentares mas um vez, jogam no colo dos familiares a responsabilidade que é do Estado. O Governo tem que assumir que o problema das drogas é do estado.
Luiz Vicente da Cunha Pires, prefeito de Cachoeirinha (RS), primeira cidade a instituir uma comunidade terapêutica pública, informou que são gastos cerca de mil reais por mês para manter cada pessoa, um terço do valor para manter um presidiário, que, em sua opinião, dificilmente será recuperado e pode até se aprimorar no crime. O prefeito explicou que o programa de recuperação de dependentes de drogas de Cachoeirinha envolve medidas de repressão, recuperação, prevenção e socialização. Em sua avaliação, a prevenção é o aspecto mais importante no enfrentamento ao crack. Luiz Pires disse ser necessário detectar os fatores que levam os jovens a experimentar drogas e, a partir das informações, estabelecer políticas públicas de combate.
Entre as ações preventivas, ele sugeriu a proibição de propaganda de bebidas alcoólicas, que, em sua opinião, inicia os jovens no consumo de drogas. Investimento em esporte, escola em tempo integral, garantia de comunidades terapêuticas e aplicação de penas alternativas para os crimes decorrentes do uso de drogas também estão entre as ações adotadas pela prefeitura.
Também o secretário de Defesa Social do Município de Vila Velha (ES), Ledir da Silva Porto, ressaltou que o Estado deve oferecer a estrutura, porém, é necessária a atuação de pessoas solidárias e “com coração” para enfrentar o problema das drogas.
As ações adotadas em Vila Velha, informou o secretário, incluem o combate ao tráfico de drogas pelo Ministério Público, Justiça e Polícia Federal; eliminação de espaços usados para consumo de crack – as chamadas “cracolândias” – e acolhimento em instituição para tratamento do dependente. Ele disse que a prefeitura instalou câmeras para monitorar as ruas e flagrar os usuários e traficantes.

agosto 24, 2011

Psicanalista lança livro e fala da arte de perdoar

Filed under: Sem categoria — elisabelferriche @ 11:43 am
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Peça perdão

 Foi mal. Desculpa. Perdão. O uso de expressões que buscam a remissão para nossos próprios tropeços acaba por banalizar o pedido de desculpas. Embora muitas vezes o perdão seja dado de modo corriqueiro e até excessivo, ele exige reflexão e compreensão sobre o que levou o outro a cometer tal erro. Em tempos de homofobia, jovens saindo à noite apenas para bater em vítimas desconhecidas, pais que ajudam a mascarar os erros dos filhos, mulheres que decidem se vingar de uma traição na internet, o psiquiatra e psicanalista Moises Groisman prepara o curso “O perdão como ato libertador”, no Polo de Pensamento Contemporâneo (POP), que começa no dia 29 de agosto. Especialista em terapia de família e autor do livro “Família é Deus”, ele avisa que os atos são sempre imperdoáveis e explica por que desculpamos a pessoa que o cometeu. Numa entrevista em seu consultório, em Copacabana, ele fala sobre estas e outras questões.

O GLOBO: O que significa perdoar?

MOISES GROISMAN: É um ato que uma pessoa realiza em relação a outra, esteja ela interessada ou não na manutenção da convivência, para poder viver melhor consigo e com o outro. E este perdão, numa terapia, deve ser acompanhado de palavras e até de um ritual, que inclui a entrega de uma carta de arrependimento ou de um presente.

Por que devemos marcar um perdão com um objeto simbólico?

MOISES: É importante para dar um ponto final naquela questão, um “não se fala mais nisso”. Mas até chegar a este estágio é preciso deixar tudo muito claro e conversar sobre o que aconteceu. Num caso de infidelidade, por exemplo, é preciso conversar e compreender as responsabilidades de cada um, para que aquele que foi traído possa se introduzir numa situação da qual havia sido excluído. Se o ponto final não for dado, a relação pode se inverter. E aquele que foi magoado passa de vítima a algoz por voltar sempre ao tema que não foi devidamente encerrado.

Existe alguma situação imperdoável ou temos capacidade ilimitada para conceder o perdão?

MOISES: Nós nunca perdoamos o ato. O abuso, a trapaça financeira, a infidelidade em si são imperdoáveis. O ato está marcado na nossa vida e não pode ser apagado. Perdoamos, sim, a pessoa que praticou o ato, caso queiramos manter a convivência com ela. Porque, senão, entraríamos numa perspectiva sublime e religiosa de que somos capazes de apagar tudo o que aconteceu, e isso não é possível. O ato é imperdoável. Aquele ato aconteceu. A partir disso, é preciso entender a história daquela pessoa e o que a levou a praticar aquilo e compreender de que modo você, que foi magoado, colaborou, mesmo sem perceber, para que aquilo acontecesse.

Tentar perdoar o ato em si seria varrer o problema para debaixo do tapete, sem enfrentar a questão de frente?

MOISES: Se perdoamos o ato, estaríamos justificando aquilo que aconteceu de errado e colaborando para aquela pessoa repetir o ato que tanto nos magoou. Por isso, é preciso saber exatamente o que aconteceu e saber que você está perdoando a pessoa, e não o ato.

Guardar a mágoa e não perdoar pode levar alguém a adoecer? O perdão liberta?

MOISES: O perdão que você não concede pode lhe levar a muitas doenças psicossomáticas, a um câncer, a uma crise de hipertensão, sobretudo nos casos em que você não pretende manter convivência com aquela pessoa. Nos meus cursos sobre o perdão, há uma parte vivencial chamada perdão familiar. Criei este exercício porque defendo que todo sintoma, toda patologia, todo problema emocional que você tenha é decorrente de uma ausência de perdão em relação a alguma figura parental.

O perdão parece ser mais benéfico para quem o concede, e não para quem é desculpado. Ele é essencial na superação de traumas?

MOISES: O perdão faz parte das etapas de recuperação após uma traição no casamento, por exemplo. Já vi um caso de infidelidade em que a moça, que teve tuberculose, disse: “Eu estou perdoando por mim, não por ele, porque eu não quero adoecer novamente”. Achei brilhante isso.

O perdão está sempre associado à emoção?

MOISES: Na mágoa, na raiva, sua emoção está presa. Por isso, a ausência de perdão produz a doença. Então, na hora em que você consegue desculpar alguém que te machucou, vem a emoção.

Existem pessoas que perdoam com mais facilidade?

MOISES: De acordo com a história familiar de cada um, haverá uma capacidade maior ou menor de perdoar. Se a pessoa, por exemplo, teve uma rejeição ou um abandono mais forte na sua vida familiar vai ter maiores dificuldades para perdoar.

Qual a importância de pedir desculpas?

MOISES: Pedir perdão é um ato humano de humildade e arrependimento. Se o outro reconhece sua parcela de responsabilidade (Moises não usa a palavra culpa), é mais fácil perdoá-lo. Mas é preciso saber que não há garantias de que aquela traição ou trapaça ou erro não irá se repetir. O perdão é um investimento afetivo numa relação que se quer manter.

O perdão não está banalizado?

MOISES: Sim, e não se deve vulgarizar o perdão. Hoje em dia, tudo é perdoado porque dá trabalho parar, conversar, enfrentar, punir e manter a punição. Por exemplo, quanto mais um pai passa a mão na cabeça de um filho, pior será o resultado 15 ou 20 anos depois. Digo isso porque recebo este resultado aqui no meu consultório. Vejo adolescentes que são verdadeiros bichos na forma como se dirigem aos pais, com palavrões e um discurso desordenado. O ser humano precisa ser domesticado, como um animal.

Os grandes líderes podem pedir desculpas a seus seguidores?

MOISES: Eles não pedem perdão. Isso seria desconstruir a figura do líder impoluto que conduz o povo. Eles não dizem: “Eu errei”. O Clinton fez isso em público para a mulher dele porque foi pego, se não, não teria admitido.

Qual é a necessidade de uma vítima de violência ou de uma família que perdeu um parente num crime perdoar um criminoso?

MOISES: É preciso retomar sua vida de alguma maneira. É claro que devemos nos dedicar e contratar advogados para que o culpado seja punido pela Justiça, mas se esta punição virar um objetivo de vida, esta pessoa pode adoecer porque aquilo passa a ser sua razão de viver, ou seja, ela viverá em função de um crime.

Os pais estão perdoando com muita facilidade?

MOISES: Demais. A desculpa passa a ser tão fácil que os filhos têm sempre essa expectativa, gerando uma visão deformada. O que vemos nesses rapazes que dão porrada em boates é isso. E mesmo no caso do rapaz que atropelou o filho da Cissa Guimarães e contou com a ajuda do pai para tentar disfarçar o ato. Se os olharmos no seio familiar, veremos, possivelmente, que esses garotos são perdoados sempre e acolhidos incondicionalmente. É comum ouvir dos pais esta frase: “Eu amo meus filhos incondicionalmente”. Estão errados. Não se pode amar ninguém, nem mesmo os filhos, incondicionalmente. Se ele enfia a faca em alguém ou em você, você continuará amando acima de toda e qualquer condição? Não pode. Isso é criar pequenos monstros, acima do bem e do mal. Esses meninos saem de casa e acham que tudo será perdoado, que para eles não há limites.

Perdoar é mais fácil que punir?

MOISES: Sim, porque dá menos trabalho. Perdoando, os pais não precisam entrar em contato com os perdões que eles não concederam a seus pais. Trata-se de uma compensação: darei ao meu filho tudo o que eu não tive. Cria-se, assim, um filho tirano, que acaba por massacrar os pais, porque em vez de o filho pedir perdão, são os pais que estarão sempre se desculpando por não poder comprar isso ou não poder fazer aquilo.

Além de criar crianças e adolescentes sem limites, o excesso de perdão termina por escravizar os pais?

MOISES: Exatamente. Já ouvi de uma mãe: “Para minha filha, eu dou tudo”. Está errado. A primeira doação que uma mãe deve fazer é para ela mesma. Depois, para seu casamento. E, em terceiro lugar, para seus filhos. Ao se doar completamente para a filha, esta mãe está dando à menina uma imagem deformada da vida, e isso é um abuso emocional. Uma mãe que se doa por inteiro tem a expectativa de que seu filho também se doe a ela, e isso pode criar uma relação simbiótica que poderá prendê-los numa escravidão.

 Fonte: melina Dalboni/Jornal Extra

agosto 23, 2011

Médica que colocou seringas em muro diz que elas não estavam contaminadas

Filed under: Medicina — elisabelferriche @ 1:04 pm
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Médica se diz arrependida

 

A médica que teria afixado 31 seringas com sangue infectado pelo vírus HIV e um cartaz de aviso no portão de casa revelou à reportagem do Correio que a atitude não passou de uma medida desesperada para conter os assaltos à residência. “As manchas no muro são de borra de café e as seringas não estavam contaminadas”, garantiu.

Mesmo assim, Miriam Tomkowski Walton, 44 anos, moradora do Condomínio RK, em Sobradinho, vai ser investigada pela 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal e pelo Conselho Regional de Medicina do DF (CRM-DF). Ela corre o risco de perder o registro profissional. Ortopedista do Hospital Regional do Paranoá (HRPa), Miriam retorna hoje ao trabalho, após um período de abono.

A médica afirmou ter obtido as seringas na própria unidade de saúde. Por meio de nota, a direção do HRPa informou que “nenhum servidor está autorizado a retirar material médico-hospitalar da unidade de saúde”. Todos os equipamentos usados no hospital são devidamente controlados e, em cada setor, “há um recipiente para armazenamento e descarte de material pérfuro-cortante”. A nota esclarece ainda que, se for confirmada a ação da servidora, será aberto um processo de sindicância. A médica também será encaminhada para a diretoria de Saúde Ocupacional para avaliação clínica. Enquanto isso, ela poderá voltar ao trabalho.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal garantiu, ainda por meio de nota, que a coleta de material dos pacientes é realizada por técnicos de laboratório, que encaminham as amostras para análise e depois as descartam. Normalmente, os médicos não têm contato com esse material. Quanto ao vírus HIV, o órgão acrescenta que ele “perde a capacidade em aproximadamente um minuto em ambiente externo”. O secretário de Saúde, Rafael Barbosa, indicou que a médica deverá se explicar e o caso passará por uma análise da Diretoria Regional do Paranoá e, em seguida, pela Corregedoria do órgão. “Nós já estamos tomando as providências”, disse à reportagem.

O delegado-chefe da 13ª DP, Rogério Oliveira, confirmou ter aberto investigação para apurar os fatos. “Juntamos fotos das seringas e vamos aguardar o laudo para saber se o que está no portão é mesmo sangue”, explicou. A médica poderá responder pelo crime de atentado contra a vida e a saúde. O CRM-DF afirmou, em nota, que “há indícios de infração ao Código de Ética Médica”. De acordo com o Conselho, o médico “jamais deverá utilizar seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade”.

Segurança
Na quinta-feira passada, a ortopedista do HRPa montou a armadilha no muro de casa para evitar a ação de ladrões. Os objetos foram retirados no último sábado, após uma notificação do condomínio. “Minha casa foi assaltada cinco vezes em apenas um mês”, reclamou a médica. Ela contou que levaram televisão, máquina fotográfica, cortador de grama, entre outros objetos. Mas a medida despertou a indignação dos moradores do RK.

A síndica do condomínio, Vera Barbieri, 60 anos, rebateu as queixas da médica e informou que, de maio até ontem, a equipe de segurança do RK registrou apenas dois furtos: de uma bicicleta e do cortador de grama de Miriam, recuperado em seguida. “Contratamos uma empresa de segurança. Eles nos enviam relatórios diários das ocorrências. Para se ter uma ideia, de dezembro até agora, teve apenas um arrombamento aqui”, explicou. Segundo Vera, há muitas reclamações contra a médica no livro da administração.

Na rua onde vive Miriam, os moradores reclamam da vizinha. “Agora, passou dos limites. Mas essa não é a primeira vez que presenciamos essas situações”, disse a pedagoga Soraya de Souza, 50 anos. Ela conta que a médica já agrediu funcionários do condomínio e precisou prestar serviço comunitário. “Jogou o carro em cima de duas pessoas que trabalhavam aqui e elas entraram com uma ação. Também colocou fogo na casa de outro vizinho”, afirmou Soraya.

Vida curta
O vírus da imunodeficiência humana (HIV, sigla em inglês) precisa estar dentro da corrente sanguínea para se manter vivo. Não há reprodução no ambiente externo. Já o vírus da hepatite C, por exemplo, consegue sobreviver por pouco mais de uma hora fora da corrente sanguínea

Guia para os candidatos ao título de especialista em cardiologia

  

Candidatos ao título de especialista em cardiologia agora podem contar com uma nova obra de referência. É que chega ao mercado TEC – Título de Especialista em Cardiologia – Guia de Estudo, primeira publicação da recém-lançada Editora NVersos.

Resultado de intensas pesquisas de 20 médicos de diferentes vertentes na área de cardiologia, o livro reúne orientações precisas e fundamentais e exercícios comentados para que o candidato conquiste, com honra e mérito, o título de especialista em cardiologia. Nas mais de 800 páginas da obra, o leitor confere tópicos sobre semiologia cardiovascular, fisiologia cardiovascular, teste ergométrico, curvas de pressão e hemodinâmica das valvopatias, cinecoronariografia, dislipedemias, febre reumática, doenças valvares, endocardite infecciosa.

O livro apresenta ainda detalhes sobre hipertensão arterial pulmonar, hipertensão arterial primária, hipertensão arterial secundária, insuficiência cardíaca, síndromes coronarianas agudas, doença arterial coronária crônica, tromboembolismo pulmonar, doenças do pericárdio, fibrilação atrial, cardiopatias congênitas (CC), miocardiopatias, bradiarritmias e marca-passo, taquiarritimias, tomografia computadorizada e ressonância cardiovascular, cardiopatia e gestação, doenças cardiovasculares em idosos, doenças da aorta.

O guia de estudo é fruto da experiência adquirida no curso de atualização em cardiologia e preparação para a prova do TEC, realizado já há alguns anos pelo editor e organizador Guilherme S. Spina. Segundo o especialista, a proposta foi produzir um material completo que funcione como apoio para o candidato: “o livro atua como ferramenta esclarecedora para apoiar o candidato e preenche uma carência que há no mercado desse tipo de material” – afirma Spina.

Ao final, o livro apresenta um índice remissivo, com indicações de páginas para diagnósticos. Questões presentes no exame do TEC dos últimos oito anos e exercícios ao final de cada capítulo, com conferência nos comentários anexos também são diferenciais da obra.

Sobre o organizador: Guilherme S. Spina é professor colaborador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Orientador da Liga de Combate à Febre Reumática do Hospital das Clínicas (HC-HMUSP). Doutor em Medicina pela FMUSP. Médico-assistente da Unidade Clínica de Valvopatia do Instituto do Coração (InCor) do HC-FMUSP.

Participam desta obra como autores os especialistas:

Afonso Akio Shiozaki; André Luiz Dresler Hovnanian; Antonio Carlos Bacelar; Carlos Eduardo Batista de Lima; Carlos Jardim; Cristiano Faria Pisani; Guilherme S. Spina; Henrique Barbosa Ribeiro; Henrique Lane Staniak; Horacio Gomes Pereira Filho; Igor Ribeiro de Castro Bienert; João Ricardo Cordeiro Fernandes; Luciano Ferreira Drager; Márcio Sommer Bittencourt; Murillo de Oliveira Antunes; Paulo Cury Rezende; Ricardo Casalino Sanches de Moraes; Rogério de Souza; Tarso Augusto Duenhas Accorsi; e Victor Sarli Issa.

TEC – TÍTULO DE ESPECIALISTA EM CARDIOLOGIA – GUIA DE ESTUDO

Autor/Organizador: Guilherme S. Spina

Editora: NVersos

888 páginas

ISBN: 978-85-64013-00-1

agosto 15, 2011

Faltou amor de pai

Filed under: Entrevista,Opinião — elisabelferriche @ 9:44 pm
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 “O que eu pude fazer por ela, eu fiz”. Foi com esta frase e ar de choro que o jogador da Portuguesa Rafael Silva, de 20 anos, falou ao Fantástico pela primeira vez sobre a morte da namorada Flávia Anay de Lima, de 16 anos, que caiu do prédio onde os dois moravam na Zona Leste de São Paulo, há duas semanas. Ele garante que a amava muito e reforçou a tese do suicídio. O que ocorreu naquela fatídica noite, só a polícia poderá desvendar, mas o que podemos ver é uma sucessão de erros, desde os pais que não conseguiram dizer não a própria vítima que não tinha maturidade suficiente para conduzir a relação de dois adolescentes.

Rafael conheceu Flávia no carnaval de 2008, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, onde a jovem vivia com os pais. Ele tinha 17 anos e ela, 13 anos. Dois anos depois, já moravam juntos em São Paulo, com o apoio da família. A polícia perguntou para a mãe de Flávia por que a família deixou a adolescente sair de casa tão jovem e a mãe relatou que não havia “muito que fazer”. Acho que qualquer mãe sabe: pulso forte e rédea curta, além, é claro, muito diálogo.

O jogador Rafael Silva contou que Flávia tinha um ciúme muito possessivo, muito doentio e, quando discutia, levantava a voz. A mãe da adolescente afirma que, 15 dias antes de morrer, Flávia pediu socorro. “Ela falou assim para mim: ‘mãe, vem logo porque ele está me batendo’. E o que fez esta mãe que não tomou as providências devidas e na hora certa?

Mas o que aconteceu na madrugada do dia 31 de julho? A morte de Flávia estava anunciada e talvez poderia ter sido evitada. Faltou amor de pai.

agosto 12, 2011

Cadê o pai da criança?

Filed under: Opinião — elisabelferriche @ 11:45 am
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Abondonados pelos pais Frequentemente lemos nos jornais crianças abandonadas por suas mães que depois são descobertas, apanhadas e presas. Ninguém pergunta quem é o pai da criança. Não entendo de lei, mas entendo de justiça. É justo isso? Uma mãe sozinha, carente, sem recursos, sem lugar para morar, em desespero o que faz? Não quero aqui justificar nenhuma medida como o abandono de uma criança indefesa, mas é preciso lembrar que esta mãe desesperada e a filha já haviam sido abandonadas antes. Será que se tivesse o apoio e o amor do pai da criança faria um ato desse tão injustificado? Mas parece um ato de desespero do que desamor. Nesta quinta-feira (11), quatro mães de adolescentes suspeitas de praticarem furtos e roubos na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo, foram presas quando foram buscar as filhas na delegacia. As mulheres serão indiciadas por abandono de incapaz. Mais uma vez eu pergunto: onde está o pai dessas crianças? É responsabilidade só da mãe dar comida, abrigo, educação, carinho? A mais velha tem 14 anos; a mais nova, 10. As sete meninas já se envolveram em outras ocorrências, e a polícia chegou a apreender algumas delas. Mas elas sempre voltavam para as ruas já que o Estatuto da Criança e do Adolescente não prevê a privação de liberdade para menores de 12 anos. Essas crianças não precisam de prisão, precisam de orientação, amor, carinho de mãe e PAI. O delegado responsável pela ocorrência, Márcio de Castro Nilsson, entendeu que as mães devem responder processo por abandono de incapaz. “Compete aos PAIS cuidar dessas crianças”, disse ele. “Então entendo que estão abandonadas. Se estão abandonadas, as mães estão em crime de abandono de incapaz”, completou o delegado. Sim, mas cadê o PAI? As crianças foram levadas para abrigos. Ainda na delegacia, uma das meninas foi até o banheiro com a mãe. O Jornal da Globo gravou o que a mulher disse à filha. “Volta no mesmo local do crime, mas é besta mesmo, né!”. Será que o PAI diria a mesma coisa? Então delegado? Alguém se preocupou em localizar o PAI dessa criança. Nesse domingo, Dia dos Pais, que eles possam encontrar seus filhos, mesmo sem ajuda da autoridade policial e do poder público.

agosto 4, 2011

Flávia Anay: uma nova Elisa Samudio?

Filed under: Opinião — elisabelferriche @ 9:10 pm
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Flavia tinha só 16 anos

A notícia triste da semana é a morte da adolescente Flávia Anay de Lima, de 16 anos, que morreu após cair do 15º andar do prédio onde morava com o namorado, o jogador da Portuguesa Rafael Silva, de 20 anos. É mais uma jovem iludida com a vida fácil que um jogador de futebol poderia dar a ela. Ninguém sabe como era o relacionamento do casal, mas todos sabem que ela só tinha 16 anos!

Os pais de Flávia foram a TV e disseram descartar totalmente que a filha tenha se suicidado. Essa parte em nada me surpreende. O que me surpreende é que ela tinha pais, que deveriam estar “felizes” por sua filha estar morando com um JOGADOR DE FUTEBOL! E até incentivaram a jovem! Como confirmado nas palavras da mãe da garota: “Ela era bonita, inteligente, jovem, tinha planos e uma família que a amava e apoiava”, disse a mãe, Luara de Lima.

Uma mãe de uma jovem de 16 anos deve incentivá-la a estudar, formar-se, ter um futuro e trabalhar e não correr atrás de jogadores de futebol nos gramados Brasil afora! A melhor maneira de criar filhos é dar exemplo. A mãe da adolescente também confessou diante das câmeras da televisão de que a filha jamais se suicidaria, mas será que foi capaz de investigar quem era essa pessoa com quem a filha foi morar?

Todo cuidado é pouco. Uma jovem de 16 anos não é capaz ainda de discernir e precisa da ajuda dos pais para mostrar o certo e o errado. Infelizmente faltou a Flávia o verdadeiro amor e apoio que ela precisava: da família dizer um simples NÃO nesse momento de ilusão.     

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